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08/01/10

Vilar de Mouros

Junta de Freguesia não assume realização do Festival este ano

"Vamos com calma", Sónia Fernandes

Ainda não será em 2010 que regressará o Festival de Vilar de Mouros.


Sónia Fernandes, a nova presidente da Junta de Freguesia eleita em Outubro último pelo PSD, disse na primeira Assembleia de Freguesia do seu mandato que a partir de agora irão ser encetadas negociações com as quatro empresas já interessadas em promover o mais antigo dos festivais de música rock.

O tema do festival foi alvo de um comentário no seu Plano de Actividades para 2010, escrevendo ainda que, "muito provavelmente apenas se realizará em 2011", não podendo desde já garantir que ele se concretize efectivamente dentro de dois anos.

Quando muito, poderá ser organizado um pequeno concerto em Julho próximo assinalando o ser regresso, adiantou.

Recorde-se que a última edição teve lugar em 2006 tendo sido cancelado no ano seguinte devido ao agudizar dos desentendimentos entre a Câmara e a Junta de Freguesias e PortoEventos, ambas promotoras dos dois últimos festivais.

Em Março deste ano, Júlia Paula, presidente do município caminhense, anunciava o regresso "em grande" do festival já a partir de 2010, ao ter conseguido um acordo com a PortoEventos e Junta de Freguesia que lhe permitiu resgatar o registo da patente do Festival que se encontrava na posse de uma dos sócios dessa empresa, após liquidar uma verba à volta dos 40.000€ reclamada por ela, relativa a pagamentos não concretizados pelo Executivo nos últimos festivais.

Ao acordar um protocolo que pôs termo ao acordo estabelecido desde 1994 entre a Junta e PortoEventos e que lhes permitiu levar por diante as duas edições seguintes, Júlia Paula tinha caminho livre para ensaiar outro tipo de parcerias com a autarquia vilarmourense e com qualquer outra empresa que viesse a responsabilizar-se pela organização do evento.

Agora, com câmara e junta da mesma cor política, tudo se conjugaria para que o festival fosse reatado em 2010, conforme a presidente do município anunciara anteriormente, atendendo a que já não existiriam fricções entre ambas, uma das justificações apresentadas por Júlia Paula para a suspensão do mesmo.
Este pormenor foi realçado pela oposição (CDU e uma delegada do PS, Sónia Torres que não concordou com a aliança estabelecida pelos seus dois ex-colegas de lista com o PSD), quando interpelou o Executivo da Junta sobre o desenvolvimento do processo do Festival.

Contudo, ainda não será este ano que o Festival arrancará, dado que só a partir deste mês é que "vamos ouvir as empresas" esclareceu Sónia Fernandes, preferindo ir "com calma" e na perspectiva de "salvaguardar os interesses da freguesia", sublinhou.

A autarca vilarmourense realçou, no entanto, que tudo dependerá agora das propostas que as empresas apresentarem e da constituição de uma comissão (ou fundação) para o efeito.

"É TEMPO DE VIRAR PÁGINA"





Jorge Silva, da PortoEventos, diz não ter sido ainda contactado apesar da sua disponibilidade manifestada para estudar novas fórmulas de colaboração após o referido acordo celebrado com câmara e junta, mas apela ao envolvimento das instituições locais e regionais.

Entende que à câmara se abrem possibilidades de encontrar novas fórmulas de apoio - pese embora creia que a empresa já esteja escolhida - e acredita que Vilar de Mouros tem capacidades para se afirmar como um dos grandes festivais de Verão.

Refere que a PortoEventos já esteve ligada ao Festival durante oito anos ("há algum mérito nisso", realçou) e os próprios agentes internacionais os questionam sobre a sua organização, à qual se sente intimamente ligado "mais por laços sentimentais, do que pela razão".

A importância da concretização de um evento desta envergadura para o norte do país, fá-lo recordar o caso da saída do Red Bull do Porto, em que as pessoas do Norte só sentem a sua falta quando ela já está consumada, pretendendo de imediato e precipitadamente, juntar-se e encontrar alternativas, quando elas já existiam mas não se capacitaram devidamente da sua relevância.

Jorge Silva sabe que todos têm interesses, mas no caso da sua empresa "já nos viciámos" neste evento, admite, pelo que um projecto que abarcasse a criação de uma Fundação (António Barge) responsável pelo Festval seria uma hipótese a considerar.

Sobre a possibilidade de organizar um evento ainda em 2010, não desdenha a ideia, mas tudo depende do que as autarquias pensarem sobre essa eventualidade.

in (http://www.caminha2000.com/jornal/n471/vilardemouros.html)

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