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13/10/11

Homenagem a um vilarmourense morto na guerra colonial da Guiné

Realizou-se no passado dia 5 de Outubro em Vilar de Mouros, a justa e merecida homenagem ao irmão mais novo do nosso amigo António Rocha. O desenrolar de todo o processo foi iniciado pelo anterior executivo da Junta de freguesia liderado pelo Carlos Alves, mas dado à complexidade do processo só agora foi possível a sua concretização.
Presentes na cerimónia estiveram as autoridades locais, alguns vilarmouresnses e amigos do único irmão vivo António Rocha.
Foi dado o nome a um caminho ao falecido Mário Rocha e descerrada uma placa colocada na casa onde nasceu no lugar da Aveleira.
Mário Maciel Rocha, soldado morto na Guiné a 27/12/70, deu nome a uma rua na Aveleira, mercê de uma iniciativa da Associação de Combatentes, Junta de Freguesia e Câmara Municipal, cuja acto decorreu na manhã do passado dia 5 de Outubro.

Mário Maciel Rocha, morreu na Guerra Colonial aos 22 anos. Era casado e tinha um filho. Foi um dos oito militares do concelho falecidos durante esses treze anos de conflito armado em que a juventude portuguesa foi obrigada a participar.
Manuel Amial, em representação da associação que esteve na base desta evocação, referiu a seguinte alocução:
"Neste dia 5 de Outubro de 2011, dia comemorativo da Implantação da República, e neste ano em que se comemoram os 50 anos do início da Guerra do Ultramar, estamos aqui reunidos em Vilar de Mouros para homenagear um filho desta terra que deu a vida pela defesa da pátria portuguesa.
O nosso amigo e camarada, soldado comando Mário Maciel Rocha, natural de Vilar de Mouros, nascido em 25.09.1948, mobilizado para a Guiné, integrando a 26.ª Companhia de Comandos, perdeu a vida em combate no dia 27.12.1970 na Guerra do Ultramar.
Mário Maciel Rocha, integrou uma tropa de elite, os Comandos, garboso na sua boina vermelha e ciente da sua missão, imbuída do verso latino da Eneida de Virgílio, donde os comandos retiraram o seu lema: "Audaces Fortuna Juvat", que significa "A Sorte Protege os Audazes".
Certamente muitas vezes entoou o seu característico grito de guerra "Mama Sumé" que em português significa "Aqui Estamos, Prontos para o Sacrifício", indiferente ao seu destino cuja sorte o não protegeu.
Que a placa aqui descerrada na casa onde nasceu e a toponímia dada a um Caminho com o seu nome, fiquem para sempre a lembrar a sua memória, o seu gesto heroico na defesa de Portugal e o seu exemplo de dever cumprido, pago com a sua própria vida.”






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